Que momento complicado que estamos vivendo!

Alguns setores de nossa sociedade perderam completamente a noção e a responsabilidade com os cidadãos de bem pelo nosso país afora. Usam-nos de forma irresponsável e sem o menor pudor para atingirem seus intentos.

Com o problema atual do Coronavírus, podemos ver a guerra travada em nível político nas diversas esferas da federação. São casos e mais casos de corrupção, de abusos de autoridades, de informação e desinformação sobre a real situação que estamos enfrentando com o Coronavírus, ou seja, o povo acuado, sem saber exatamente o que fazer. Oportunistas pregando o terror em cima de uma sociedade tão desprotegida e desinformada do problema como um todo, tornando-a vítima deste sistema arquitetado de forma tão ardilosa em detrimento do bem estar de nossa população, especialmente, os mais vulneráveis, não só pela saúde, mas também, pela situação financeira que muitos estão enfrentando por dependerem completamente de seus serviços, sejam eles informais ou não. Muitos comércios fechando suas portas e, consequentemente, demitindo seus colaboradores, muitos que vivem de pequenos serviços informais, os chamados “bico”, não encontram mais, ou pelo menos de forma satisfatória, oportunidades como as que tinham antes do problema do Coronavírus, para levantarem um dinheirinho suficiente e levarem pelo menos o alimento para suas casas. Tudo isso, resultado de políticas públicas de enfrentamento ao problema acontecerem de forma muitas vezes equivocadas, parecendo não terem entendido a situação, especialmente, destas pessoas mais vulneráveis do ponto de vista financeiro, e também, dos micros e pequenos empresários. Sabemos é claro, que muitos médios e grandes empresários também estão sofrendo com a atual crise.

Sabemos também que, sem dinheiro, nos moldes de uma sociedade moderna, as pessoas não conseguem viver de maneira digna, elas apenas conseguem sobreviver.

Temos que ter enfrentamento a esta crise de maneira extremamente racional, com políticas voltadas à saúde primeiramente é claro, mas tem que haver também uma política eficiente de enfrentamento à crise econômica. Cada setor da economia, cada região, cada cidade, e até mesmo, cada bairro, têm suas particularidades. E por fim, cada célula familiar e cada indivíduo, também têm suas particularidades.

Tudo isso nos leva a concluir que, a solução para estes problemas são muito mais complexos do que muitos imaginam, porém, de forma alguma, são insolúveis, precisam “apenas” serem avaliados criteriosamente cada situação de forma responsável e com o foco nas pessoas em si, mas jamais deixar de lado o entendimento de que a economia tem que girar e que, sem renda, o indivíduo e sua família poderão ter outros graves problemas, como outras doenças resultantes da pressão psicológica sofrida, da violência, da fome, entre outras coisas. A solidariedade, num primeiro momento ajuda bastante, mas não resolve a raiz do problema. Portanto, a sociedade e os órgãos públicos, têm que agir em consonância e com a responsabilidade e comprometimento em salvar vidas sim, mas também salvar a economia, e consequentemente, os empregos e as oportunidades de serviços em geral, sejam autônomos ou não, sejam registrados ou não. Só assim sairemos todos nós ganhando!