Hoje gostaria de abordar um breve momento de minha vida que aconteceu neste ano de 2018 na comemoração do aniversário de uma de minhas primas, no bairro Itaguaçu. Conversas aconteciam em cada grupo que se formavam, em pé ou, sentados às mesas, os papos fluíam. Na mesa em que eu estava, havia um casal em que começamos a conversar sobre diversos temas: política, economia, segurança, entre outras coisas. Mas, certamente, conversamos sobre família e amigos também. Colocávamos uma questão à mesa, e então, íamos trocando nossas experiências e nossos pontos de vista sobre cada tema. Elogiavam-se algumas coisas, criticavam-se outras, certamente, nada em relação à festa, que por sinal estava muito legal, mas, como já disse, em relação aos variados temas que abordávamos. Falamos sobre algumas dificuldades que quase todos passam no decorrer de suas vidas, uns mais, outros menos, e assim, fomos levando nossa conversa. Em um dado momento, paramos para uma rápida reflexão e comentamos: muitas vezes reclamamos de coisas que, se pararmos para olhar ao nosso lado, veremos que tais coisas são insignificantes comparadas as de outras pessoas! Logo emendamos a esta reflexão, à vida de outra prima que lá estava. Esta, há 41 anos, teve um filho prematuro de seis meses e, dadas as circunstâncias daquela época, no sentido dos limites que a medicina tinha até então para estes casos, e ainda, com um médico em que lhe atendeu, pelo que entendi, de forma fria e despreparada para tal situação, disse para ela que seu filho não passaria de dez dias de vida. Minha prima então, como era de se imaginar, entrou em desespero, porém, com muita fé, força e, muita coragem, começou uma longa batalha pela sobrevida de seu filho e pelas melhores possibilidades para que ele tivesse a melhor qualidade de vida possível diante das sequelas que o acometeu. Felizmente, hoje, já um homem de 41 anos, com algumas limitações é certo, porém, para os prognósticos do médico àquela época, posso dizer que ele, além de vitorioso pela vida, nos foi capaz de dar uma grande lição de vida, pois, em um dado momento da festa, sentado à nossa mesa, depois de conversarmos um pouco, ele, Leonardo, de maneira singela, nos disse: “eu sou feliz assim como sou, não sou revoltado”! Logo que ouvimos suas palavras, ficamos todos emocionados e felizes pelo fato de ouvir de alguém que poderia de certa forma, ter algum tipo de revolta por suas limitações, mas não, nos mostrou que a vida é para ser vivida e não lamentada, como muitos de nós costumamos fazer!
Registrei este momento para servir de reflexão para todos nós que reclamos tanto de situações e momentos da nossa vida onde os colocamos na condição de grandes problemas e que, muitos destes, por vezes, são insignificantes se comparados aos de tantas outras pessoas nas quais nos relacionamos, e também, daquelas que só ouvimos falar! Pense nisso!
Aproveito para desejar a todos, um 2019 repleto de felicidades, que seus desejos e sonhos ainda não alcançados se realizem neste novo ano que está começando!
Texto: Sérgio Filomeno.