Até quando nossos valorosos recursos naturais, nossos biomas, poderão ser tratados como vêm acontecendo em nosso país, em nosso estado, e mais especificamente, em nossa Palhoça. Incêndios mal intencionados, aterros irregulares, desmatamentos sem critérios, enfim, são várias as formas em que essas riquezas naturais vêm sendo agredidas para atenderem interesses duvidosos. Não estou insinuando é claro, que não devamos e que não possamos extrair da natureza os vários recursos que nos são oferecidos por ela, afinal, dependemos de seus recursos para nossa existência. A questão é a forma como estas explorações e o uso destes recursos são tratados! Em grande parte, sem critérios racionais que permitam que estes sejam usufruídos de maneira sustentável, evitando com isso a degradação do meio ambiente, e consequentemente, de recursos tão fundamentais à nossa existência, como a água por exemplo.
Sabemos que as leis existem, mas a aplicação destas muitas vezes nos faz questionar o porquê de não serem colocadas em prática. Falta de fiscais, provavelmente seja um dos problemas, mas sabemos que existem outros muito maiores e mais sérios do que este.
Sabemos que muitos destes problemas são resultantes de situações sociais, onde famílias, por necessidade de terem sua moradia, acabam invadindo áreas não apropriadas para se estabelecerem. Este certamente é um problema que tem que ser tratado com muita atenção, pois não se trata de uma ocupação em que vise à especulação imobiliária, e sim, a busca por uma melhor qualidade de vida!
Já o uso e a exploração do solo por parte de pessoas e empresas que sabem e que têm consciência da irregularidade que estão cometendo, mas mesmo assim insistem nesta conduta, estas certamente precisam de uma fiscalização séria e, se necessário for, a aplicação das respectivas multas para que não se agrave ainda mais o problema em que o uso e a ocupação do solo, que em muitas das vezes, de forma especulativa, acabam trazendo para o meio ambiente e a sociedade como um todo.
Texto: Sérgio Filomeno.