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Tributo a Zilda Arns- Futura Santa brasileira

Era uma vez um anjo chamado Zilda Arns Neumann, nascida em 25 de agosto de 1934 em Forquilhinha no sul do estado de Santa Catarina. Descende de uma numerosa família de imigrantes alemães, passou a infância na cidade natal depois formou-se médica pediatra e sanitarista no Paraná. Zilda Arns, uma mulher destemida e iluminada que mudou a vida de muitas pessoas, deixou-nos como legado o respeito, o amor ao próximo, a resiliência, a fé e a ciência. Irmã de Dom Paulo Evaristo Arns, Arcebispo Emérito de São Paulo, é a 13ª criança dos 16 filhos de Gabriel Arns e Helene Steiner.

Dra. Zilda foi Fundadora e Coordenadora Nacional e Internacional da Pastoral da Criança e Fundadora nacional da Pastoral da Pessoa Idosa. Tudo começou em uma reunião na Suíça sobre a paz mundial promovida pela ONU. Na época o diretor do UNICEF, James Grant, solicitou à CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), que a igreja realizasse algo para diminuir a alta taxa de mortalidade infantil do Brasil. Zilda Arns com larga experiência em saúde pública e atuação em hospitais, foi convidada para realizar um projeto-piloto cujo objetivo era salvar vidas.

Em 1983, inicialmente, foi escolhido para esse plano o município de Florestópolis na cidade de Londrina, norte do estado do Paraná, uma região precária de trabalhadores boias-frias, cortadores de cana-de-açúcar. O trabalho de Zilda consistia em visitar e acompanhar as famílias nas ações básicas de saúde, nutrição e cidadania; promover o desenvolvimento integral das crianças desde a concepção aos seis anos de idade, ajudando a reduzir a desnutrição, a mortalidade infantil, e ainda promover a paz e a justiça social. O projeto foi um sucesso, marcou história pela considerada redução da mortalidade infantil.

Naquela comunidade, cujo óbito era de 127 crianças por mil nascidas, foi para 28 para cada mil crianças nascidas, o projeto recebeu o nome de Pastoral da Criança.

A ação se multiplicou por milhares de comunidades carentes no Brasil, América Latina, Central, África e Ásia. O trabalho de Zilda Arns foi laureado com muitos prêmios nacionais e internacionais, inclusive, indicada oficialmente por três vezes pelo Governo Brasileiro ao Prêmio Nobel da Paz, concedido às instituições e/ou pessoas que se destacam por ações de elevada relevância social.

No Brasil, estima-se que aproximadamente dois milhões de crianças e gestantes sejam acompanhadas todos os meses por um batalhão de voluntários em comunidades de maior vulnerabilidade social. Dra. Zilda, ao encontrar-se com autoridades ensinava: “Estou convencida de que a solução da maioria dos problemas sociais está relacionada com a redução urgente das desigualdades sociais, com a eliminação da corrupção, a promoção da justiça social, o acesso à saúde e à educação de qualidade, ajuda mútua financeira e técnica entre as nações, para a preservação e restauração do meio ambiente…”
Zilda Arns deu sua vida em missão humanitária, vitimada no devastador terremoto em Porto Príncipe, Haiti, em 12 de janeiro de 2010, aos 74 anos de idade. Na ocasião proferia palestra na Conferência Nacional dos Religiosos do Caribe, numa igreja, para várias autoridades sobre a necessidade de cuidar das crianças. No parágrafo final de sua última palestra no Haiti ressaltou esse cuidado com a seguinte frase: “Como os pássaros que cuidam dos seus filhos ao fazer um ninho no alto das árvores e nas montanhas, longe dos predadores, das ameaças e dos perigos e mais perto de Deus, devemos cuidar de nossos filhos como um bem sagrado, promover o respeito aos seus direitos e protegê-los”.

O ‘Museu da Vida’ localizado em Curitiba guarda seu legado e recebe milhares de visitantes todos os anos principalmente das lideranças comunitárias da Pastoral da Criança e da Pessoa Idosa. No dia 10 de janeiro de 2015, cinco anos após sua morte, mais de 200 mil assinaturas foram entregues à Arquidiocese de Curitiba durante a “Celebração Dra. Zilda Vida plena para todas as crianças”. As assinaturas fazem parte da moção de apoio, solicitando o reconhecimento, pela Igreja, de sua vida e trabalho, e o pedido para abertura do processo de beatificação e futura canonização para o título de “servo de Deus”

Pelo trabalho social, força e coragem desse ‘anjo de devoção’ que por solidariedade deu sua vida, serei eternamente grata, pois também sou uma líder da Pastoral da Criança e orgulho-me de Zilda Arns Neumann ser minha patrona na cadeira 24 da Academia de Letras de Palhoça, minha cidade. Por Neusa Bernado Coelho- Poetisa - Historiadora.

Quer saber sobre a vida e o trabalho da missionária Zilda Arns, leia o livro ‘TRIBUTO A ZILDA ARNS’ à venda na Paróquia Sr. Bom Jesus de Nazaré em Palhoça, cuja venda é revertida para causa social da Casa Santa Maria dos Anjos.

Fontes pesquisadas

‘Tributo a Zilda Arns’ de Neusa Bernado Coelho-Poetisa –Historiadora
:https://www.pastoraldacrianca.org.br
https://www.gazetadopovo.com.br/vida-e-cidadania/arquidiocese-de-curitiba-quer-assumir-processo-de-beatificacao-de-zilda-arns-93gzv3hn0mittfiuq2xhko37f/

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