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Gedalvo José dos Passos - O Primeiro Fotógrafo de Palhoça

Gedalvo José dos Passos, carinhosamente chamado de Gegê, primogênito de uma família de 10 irmãos, foi o primeiro fotógrafo de Palhoça. Ilustre cidadão nasceu em 03 de maio de 1927 no Alto Aririú, Palhoça/ SC. Faleceu no dia 11 de novembro de 2020, aos 93 anos, no Imperial Hospital de Caridade, vítima do Covid 19 e outras comorbidades. Está sepultado no Cemitério Senhor Bom Jesus de Nazaré, Passa Vinte, sob o decreto de luto oficial por três dias oficializado pelo prefeito Camilo Martins. Filho de José Juvêncio dos Passos e de Maria de Lourdes Medeiros, casou-se em 29/01/1953 com Judith Macedo dos Passos, nascida em 09/11/1932, no Aririú.


Casados, firmaram moradia inicialmente na Guarda do Cubatão, depois em Anitápolis, retornando à Palhoça, estabeleceram-se definitivamente no centro onde sua grande prole é conhecida e amada. Ambos faleceram com apenas 46 dias de diferença entre um e outro, deixando grande vazio na família e na sociedade palhocense. A seguir foto de aniversário 90 anos celebradoentre familiares e amigos no Clube 7 de Setembro, Centro/Palhoça/SC

O casal teve 12 filhos todos comprometidos com o desenvolvimento do município: Maria Salete Werlich Corrêa (06/05/1951) Maria Goreti dos Passos Fabre (29/06/1952), Maria Bernadete Jacomelli (28/07/1953), Maria Arlete Passos Coser (26/07/1956), Ana Maria dos Passos (26/07/59), Salésio José dos Passos (06/12/1960- in memoriam), Sandra Regina Passos (09/10/1962), João Batista dos Passos (21/09/1966), Francisco de Assis dos Passos (in momoriam) Roberto Gedalvo dos Passos (15/10/1969), Eduardo Gedalvo dos Passos (15/11/1973), Gedalvo José dos Passos Júnior (03/08/1976).
O casal Gedalvo e Judith mantinham junto aos filhos, 28 netos e 27 bisnetos uma vida intensa de amor, dedicação e companheirismo que se estendia aos inúmeros amigos. A gaita de boca garantia a festa da numerosa família Passos ou na praça com os amigos.


Sócio do Clube 7 de Setembro, não perdia um carnaval nem festa junina, vestido a caráter junto com a família. Assíduo em comícios políticos, festejos folclóricos, quermesses, terno de reis..., sua alegria contagiava a todos ao redor.


Trajetória profissional

Iniciou a profissão no magistério em 1944, aos 17 anos de idade, lecionou como substituto na Escola Professora Nicolina Tancredo, bairro Alto Aririu. Funcionário Público Estadual, em 1953 foi transferido para Anitápolis, onde exerceu a função de professor na sede e administrador de todas as escolas desse Distrito, sob sua direção instituiu a Escola de Secção Pitinga, na época petencente á Palhoça. Lecionou na EEB João Silveira, Aririú e aposentou-se como Escriturário na EEB Governador Ivo Silveira, centro de Palhoça.


O primeiro Fotógrafo de Palhoça

O primeiro contato com a fotografia foi na juventude, por volta de 1942, curioso, manipulou uma máquina emprestada de vizinhos do bairro onde morava, Alto Aririú.

Apaixonado pela arte passou a fotografar na década de 1960, mas somente após aposentadoria em 1980 é que Gedalvo dedicou-se integralmente ao ramo. Em 1967, abriu as portas do primeiro estúdio em parceria com um sócio, época em que poucos tinham acesso à fotografia, até então, possível somente na capital. O nome “FOTO PALHOÇA”, exposta numa pequena placa de madeira em frente a uma das salas do Mercado Público, no centro da cidade, atraía a atenção da clientela. Foto do Mercado Municipal Gedalvo José dos Passos


Foi o primeiro comércio com o nome de Palhoça, mas o pioneirismo não para por aí, Gedalvo comprou parte da sociedade e seguiu com os filhos no ofício. O dom artístico eternizou Palhoça em imagens marcando para sempre a memória histórica do município. A inseparável companheira pendurada no pescoço era à base de rolo de filme com negativo em preto e branco.

Visionário, fez em 1968 sua primeira foto artesanal usando tintas coloridas, um trabalho minucioso feito em estúdio escuro, reservado para quem tem talento e paciência. As fotos geralmente eram reveladas nos tamanhos 3x4cm, 10x15cm e 13x18cm, as maiores seguiam para estúdios de Florianópolis. Na década de 70 já bordava o sonho dos casais com álbuns de casamentos coloridos, porém somente no final do século XX os filmes com negativos coloridos se popularizaram.


A sensibilidade artística de Gedalvo coloriu a vida de muita gente por mais de 50 anos. Deixou para a posteridade um gigantesco acervo com negativos de eventos sociais, políticos, cívicos, educacionais, culturais, paisagens bucólicas, praças e casarios luso-brasileiros existentes no município, principalmente no centro de Palhoça. Seu legado em imagens revelam a pacata cidade até os anos 2000, ao mesmo tempo denota o acelerado crescimento do município nos anos seguintes, agora captadas pelas lentes e olhar sensível dos filhos: Duda, Xinho, João, Salésio (in memoriam).O precioso acervo com mais de um milhão de negativos doados em 2016 foi digitalizado e está sob a tutela do amigo jornalista e escritor João José da Silva do Jornal Palhocense,


Premiações recebidas

Gedalvo José dos Passos colecionou em vida Homenagens, Títulos, Comendas, Prêmios e Certificados por seu trabalho em registrar a história e cultura de Palhoça e manter o passado vivo. Em 2007 seu nome foi atribuído ao Mercado Público Municipal de Palhoça. Construído na década de 1950 passou a chamar-se Mercado Público Gedalvo José dos Passos. Meritoriamente condecorado pelo Poder Público e outras instituições é motivo de orgulho aos familiares e ao povo palhocense. Em 2017, Gedalvo comemorou junto aos familiares e amigos o aniversário de 90 anos de idade no Clube 7 de Setembro. Em 2021, a homenagem é para eternizá-lo em livro, projeto do Presidente ALB/SC professor João Simão. Fonte pesquisa: Documentos e fotos cedidos pela Filha Sandra R Passos e irmãos. Por Neusa Bernado Coelho- Poetisa Historiadora

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