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Vamos falar sobre o complexo de inferioridade?

Sabe aquela sensação de sentir-se inadequado nos lugares, a sensação de que não se é capaz, de sentir-se deslocado pelo sentimento de inferioridade e pequenez em relação as outras pessoas, muitas vezes sem forças para agir ou tomar decisões e até mesmo para dizer não? E Então tudo isso pode estar relacionado a algo que você provavelmente já ouviu falar, o chamado Complexo de Inferioridade, que afeta de tal maneira que vai deixando a vida da pessoa pequena, minguada, diluída de forma tal, que passa a gerar para a pessoa um enorme sofrimento. Sobre o Complexo de Inferioridade podemos dizer que a psicanálise tem muito a dizer sobre isso, e que a partir de um processo de análise, você pode aprender a se relacionar de uma outra forma com esse sentimento que lhe corroí e lhe diminui em relação aos outros e, de uma maneira bem simples, podemos dizer que você pode aprender a se modificar!
Criado por um discípulo de Freud chamado Alfred Adler, para dar nome ao estado neurótico que tem como pano de fundo o sentimento de insuficiência ou de incapacidade para enfrentar a vida e suas angústias, esse complexo pode ter em sua origem vários motivos, reais ou imaginários como por exemplo, a recordação de um fracasso perante um obstáculo que não foi possível superar, uma situação econômica social difícil, uma deficiência física a qual a pessoa não aceita, dentre outros. Diante disso, a pessoa procura compensar o seu sentimento de insuficiência real ou imaginário seja pela tentativa de se sobressair em alguma atividade, artística, cultural, física - o que para Adler constitui uma reação positiva - ou seja procurando atravessar o seu sentimento de inferioridade agindo, consciente ou inconscientemente, com excesso de cautela, calculismo e arrogância com o intuito de apresentar aos outros uma imagem que não possui. Sendo esse último caso, uma reação negativa, podendo inclusive se agravar, se a pessoa passa a ser criticada por sua atitude ou mesmo se ela for mal sucedida nesse tipo de compensação.

Com Freud temos a observação de que todos nós adquirimos capacidade de nos perceber e também de perceber a totalidade do outro o que nos leva a uma comparação inevitável em termos de características que gostaríamos de ter mas que estão no outro. Resumidamente, Freud vai chamar de complexo pessoal a construção de determinadas impressões que uma pessoa tem em relação a si mesma fazendo com que ela se compare de forma consciente ou não com os demais com o objetivo de dar significado às suas ações. Contudo, nem sempre a presença do complexo pessoal é bem-vinda pois ele acaba por dar margem ás suposições criadas por nós mesmos tendo como referência a nossa própria imagem e isso pode tanto nos levar a uma auto estima, muitas vezes exacerbada quanto a uma baixa estima que nos puxa para baixo, muitas vezes, para bem baixo, nas comparações com os semelhantes. O complexo pessoal nesse sentido pode descambar nos excessos, tanto para mais quanto para menos.

No que se refere aos excessos, podemos dizer que são com eles que o psicanalista lida no seu ofício. Excessos que causam dor, mal-estar e sofrimento e do qual não temos na maioria das vezes o saber da sua origem ou causa. Para Freud, o psicanalista atua em seu ofício semelhantemente a um escultor que na sua função, vai esculpindo momento a momento, a pedra bruta e fazendo dessa maneira, surgir novas formas. Nesse sentido poderíamos dizer que o trabalho do psicanalista consiste na arte de reduzir os excessos originados a partir daquilo que se encontra recalcado, para que o sujeito possa enxergar novas formas, encontrar possibilidades de invenções na maneira de existir, se libertando da dor e do sofrimento neurótico que o aprisiona. Afinal, o que é a neurose senão uma forma de defesa mal sucedida diante do imprevisível, diante das mazelas e dificuldades da vida?

Encontrar caminhos, possibilidades, que possam inventar determinados lugares onde a pessoa possa ficar mais à vontade com a sua própria vida, com a sua própria existência, não seria aquilo que podemos chamar dentre outras, de uma função em um processo de psicanálise?

*Antonio Roberto da Silva é psicanalista, membro da Maiêutica Florianópolis Instituição Psicanalítica, Membro do Cercle de Recherche Internacianal Voix-Analyse – CRIVA, integrante do Grupo CRIVA Brasil, fundador do Projeto Social Polis Care em Santa Catarina, um projeto que envolve diversos profissionais, psicólogos e psicanalistas que ampliam o atendimento psicológico para estudantes e pessoas em situação de vulnerabilidade social nas cidades de Florianópolis, São José, Palhoça e Criciuma.

Atende como psicanalista em clínica particular e também pelo Projeto Social nas cidades de São José, Palhoça.
Coordena grupos de leituras comentadas dos textos freudianos e lacanianos na modalidade on line pelo Espacio Psi.

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Projeto Social Polis Care: Whatsapp (48) 99603-8856
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