Um dos primeiros filiados do atual PSL de Palhoça, Ivon está no partido desde 29 de março de 2018, quando recebeu um telefonema do atual governador Moisés, na época, tesoureiro do partido, para uma conversa informal. Respondeu ao convite e lá estavam também Lucas Esmeraldino – atual presidente estadual do partido – e o Secretário Geral Diego Goulart.
A proposta era que Ivon se filiasse ao partido e se candidatasse a deputado estadual, o que não aceitou na ocasião. Mesmo assim, filiou-se.
Foi ele, inclusive que, com o aval da executiva estadual, compôs os nomes da executiva de Palhoça. Nesta altura do campeonato, ninguém imaginava que o partido elegeria um presidente, um governador e cresceria meteoricamente, da forma como cresceu.
Ivon afirma que o primeiro carro que circulou pelas ruas de Palhoça com adesivo do PSL e de apoio à candidatura de Moisés para governador e Bolsonaro para presidente foi o seu.
Polêmicas à parte, pois o PSL de Palhoça, já estava se organizando em torno de lançar outros nomes a candidato, Ivon, deixa claro que, qualquer filiado tem o direito de se lançar pré-candidato a prefeito, mas, que tem o apoio da cúpula do partido e inclusive, o presidente Lucas Esmeraldino, avaliou que se ele quisesse ser o candidato oficial do partido a prefeito teria que ser também o presidente, o que imediatamente aceitou.
29 de março de 2018, Ivon de Souza se filia ao PSL
Questionamentos quanto a sua candidatura
Ivon vem sendo questionado por um pequeno grupo de filiados do partido, que o acusa de cair de paraquedas nessa nova fase do PSL, supostamente querendo se aproveitar do sucesso que o partido alcançou nas últimas eleições e também de que troca de partido como se troca de camisa.
Sobre isso, Ivon faz um pequeno relato sobre suas passagens por diversos partidos e se defende da seguinte forma; primeiro menciona que por onde passou nunca pediu favores a ninguém, nunca solicitou benefícios financeiros para nada, nem solicitou cargos, trabalhou sempre com recursos próprios, que jamais pediu algo em seu benefício para ir para qualquer partido porque, segundo ele, é uma característica sua.
Os partidos pelos quais passou e porque saiu
PDT
Sua primeira passagem foi pelo PDT em 2004, quando disputou a prefeitura de Palhoça, ficando em 2º lugar, porém teve de se desfiliar, pois na época era oficial da ativa e de acordo com o estatuto da PM, o oficial não pode estar vinculado a partidos políticos, sendo automaticamente desfiliado.
PSDB
Em 2012, aconteceu a história que todo palhocense que acompanha a política conhece. O PSDB ganhou a eleição, contudo, por uma discórdia entre ele e o presidente do partido, a questão gerou uma ruptura e o caso virou uma briga judicial. Por causa disso, o partido perdeu o mandato.
- “Como que eu poderia permanecer num partido onde o presidente derruba um candidato eleito e depois vai ser secretário de um governo interino e a seguir assume como secretário, de novo, no governo, comandado pelo nosso adversário na eleição”?
Segundo Ivon, seu advogado, Dr. Alexandre Santos, tem todas as provas da ilicitude cometida contra ele dentro do PSDB. Como a cúpula do partido não tomou uma atitude mais drástica, decidiu sair, diz que não poderia continuar jamais.
Saiu porque foi traído pelo próprio presidente do partido.
PR
Em 2014 foi convidado para concorrer à eleição para deputado estadual pelo PR, pelo Jorginho Melo, na época, deputado federal e perdeu por 600 e poucos votos. Ficou como 1º suplente. Porém, como primeiro suplente esperava que fosse convidado para compor uma situação futura em Palhoça, que pudesse fortalecer seu nome para concorrer a uma eleição em 2016. Mas, não, simplesmente o ignoraram, o esqueceram completamente, o abandonaram.
- “Como vou ficar num partido que não me respeita, não me valoriza, não me trata com dignidade? O filho do Jorginho Melo veio a ser Secretário de Turismo, então eu poderia reivindicar uma situação pra mim dentro do partido, utilizando este artifício em benefício próprio, mas, não, nunca pedi nada em troca. Muito menos troquei de partido exigindo benefícios pessoais de quem quer que seja”, afirma categoricamente Ivon.
DEM
Em 2016, de acordo com Ivon, influenciado por alguns amigos, cometeu o erro e a gafe, de ir para o DEM, cujo presidente era o vereador Pitanta.
- “Amigos me convenceram dizendo que ele tinha mudado, que estava com mais de 60 anos e tinha revisto vários conceitos em sua longa vida política e que era de fato oposição ao atual prefeito, chegaram a dizer, basta veres os discursos dele na Câmara”.
“Eu fui para o DEM para ser candidato a prefeito, mas, me traíram, me sacanearam, me deixaram de fora da convenção do partido”.
Na véspera da eleição veio me fazer uma proposta indecorosa para nos aliarmos ao prefeito, praticamente ganhou uma vaga de vereador trocando de lado em cima da hora e ainda veio com um grupo me fazer uma proposta, para colocar minha esposa como vice prefeita e que eu iria para a assembleia legislativa etc.
“Isso é uma canalhice! Quem faz isso é a pessoa que não tem amor próprio, não tem vergonha na cara”, esclarece Ivon.
Com exceção do PDT, de onde saiu porque a legislação determinou, os outros partidos teve de deixar porque, segundo ele, a pessoa tem de ter dignidade.
“Agora, as pessoas que não tem vergonha na cara, continuam no partido, mesmo sendo sacaneadas, mesmo levando porrada! reforça Ivon.
“Por isso que sou amado por alguns e odiado por outros, porque as pessoas acham que eu tenho de aceitar que a política é assim mesmo.
A política tem a sacanagem, então a gente tem de tolerar, engolir sapos, maneirar, compreender”?
“Para mim, mais vale andar de cabeça erguida do que não poder encarar os cidadãos, eu não pactuo com imoralidades, ilegalidades nem pensar, eu fui ingênuo, fui burro, admito, mas, não participo de conchavos, de acordos por baixo dos panos, enfatiza Ivon.
Sobre a futura disputa ao cargo de prefeito da cidade
Ivon fecha a entrevista afirmando que tem o apoio do governador do estado, comandante Moisés, do presidente estadual do PSL, Lucas Esmeraldino e que faz parte do partido desde março de 2018, quando nem se cogitava do mesmo, eleger o governador, o presidente da república, não tinha representantes em Santa Catarina e que não é um ditador, que não está impondo nada, a cúpula do partido o indicou e pediu que ele, caso fosse disputar a prefeitura, que assumisse a presidência do partido municipal.
Afirma ainda que todos os filiados tem o “direito” de se lançarem pré-candidatos a qualquer cargo, desde que tenham o apoio da executiva estadual.
Comenta ainda que é o principal candidato realmente de oposição à atual administração, pois todos se uniram na última eleição para garantir mais 4 anos de mandato ao atual prefeito, que se viu obrigado a fazer das “tripas coração”, para agradar a todos que o ajudaram a se manter no poder.
Por isso, Ivon diz que é salutar a mudança em benefício do cidadão palhocense, finaliza.