Na manhã desta terça-feira (1), a Justiça determinou a soltura das duas jovens naturais de Palhoça que haviam sido presas no dia 28 de junho, na cidade de Cascavel (PR), sob a acusação de transporte de entorpecentes. A decisão acolheu os argumentos apresentados pelo advogado criminalista Osvaldo José Duncke, responsável pela defesa das jovens.

As jovens, uma de 24 anos e outra de 27 anos, foram detidas durante uma abordagem de rotina realizada por policiais da UPS Santa Cruz na BR-277, nas proximidades do trevo do Guarujá. No interior do veículo em que viajavam, um Ford Ka, foram encontrados cerca de 116 quilos de maconha.

Segundo o advogado Osvaldo Duncke, a defesa demonstrou que ambas são rés primárias, sem antecedentes criminais, residentes fixas em Palhoça e colaboraram espontaneamente com as autoridades desde o momento da abordagem. Além disso, a defesa argumentou que as jovens não integram organização criminosa, sendo o envolvimento pontual e motivado por circunstâncias de vulnerabilidade.

“A decisão é um importante reconhecimento do princípio da presunção de inocência e da necessidade de um olhar individualizado sobre cada acusado. A prisão preventiva é medida extrema e só deve ser aplicada quando absolutamente indispensável, o que não se configurava no caso”, afirmou o advogado.

A Justiça autorizou que ambas respondam ao processo em liberdade, com o compromisso de comparecimento aos atos judiciais e manutenção de endereço atualizado.

A medida foi recebida com alívio pelas famílias das jovens, que aguardavam ansiosamente pela decisão desde a prisão.

O processo segue em trâmite na comarca de Cascavel, e a defesa acompanhará todos os desdobramentos para garantir a ampla defesa e o devido processo legal.